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    Superbactérias na água podem ser a nova ameaça para a humanidade

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    6 min de leitura

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    Agência da ONU para Meio Ambiente, Pnuma, informa que a população global consumiu 34,8 bilhões de antibióticos, por dia, em 2015. Cerca de 80% dos medicamentos foram jogados na natureza. A exposição humana pode ser agravada por eventos climáticos severos e aumento dos lençóis freáticos.


    A exposição desavisada de pessoas à água contaminada com antibióticos pode multiplicar patógenos resistentes a medicamentos e potencialmente gerar uma outra pandemia.

     

    Um relatório (link em inglês) do Programa Mundial do Meio Ambiente, Pnuma, chama a atenção global sobre a ameaça da resistência antimicrobiana. Isso ocorre quando antibióticos são jogados no meio ambiente através de banheiros ou defecação a céu aberto.

     

     

    Foto: Getty Imagens

     

    Substâncias ativas


    O relatório estima que somente em 2015 foram consumidas 34,8 bilhões de doses diárias de antibióticos.  Até 90% desses medicamentos foram parar no meio ambiente como substâncias ativas.

     

    Num mundo com 80% das águas residuais não tratadas, o perigo é que superbactérias possam escapar da medicina moderna e desencadear uma pandemia.

     

    Mesmo nos países desenvolvidos, as instalações de tratamento são muitas vezes incapazes de filtrar bactérias perigosas.

     


    Saneamento


    O relatório menciona cinco grandes fontes do tipo de micro-organismos.  A primeira é o saneamento precário, os esgotos e águas residuais. A situação é agravada pela defecação a céu aberto e pelo uso excessivo de antibióticos para tratar a diarreia.

     

    As outras razões de preocupação incluem efluentes da fabricação de produtos farmacêuticos, resíduos de estabelecimentos de saúde, uso de antimicrobianos e o esterco na produção agrícola

     

    Por último, estão os resíduos gerados pelo processamento de animais. Há ainda uma relação desta ameaça com as mudanças climáticas: a alta de temperaturas é associada a infecções resistentes a antimicrobianos.

     

     

    Disseminação


    O relatório fala em várias doenças sensíveis ao Clima, às alterações nas condições ambientais e na temperatura.

     

    A situação pode levar a um aumento da propagação de enfermidades bacterianas, virais, parasitárias, fúngicas e transmitidas por vetores.

     

    Em 2019, as infecções resistentes a antibióticos causaram a morte de quase 5 milhões de pessoas. O informe alerta que, sem ação imediata, essas infecções podem levar a causar o dobro desse total, anualmente, até 2050.

     

     

    Efeito


    Pelo relatório, uma eventual pandemia “com efeito catastrófico” pode ser causada pelo desenvolvimento e alastramento da resistência antimicrobiana.

     

    O principal propósito dos antimicrobianos é matar ou inibir o crescimento de patógenos. São antibióticos, fungicidas, agentes antivirais, parasiticidas e alguns desinfetantes, antissépticos e produtos naturais.

     

    Em caso de resistência antimicrobiana, bactérias, vírus, parasitas e fungos evoluem e ficam imunes a tais medicamentos. Quanto mais micróbios expostos a produtos farmacêuticos, maior é a probabilidade de adaptação a eles.

     

    Para a chefe da Divisão Marinha e de Água Doce do Pnuma, Letícia Carvalho, os antibióticos e outras drogas salvam vidas, mas seu destino ambiental no curso das águas é importante.

     

    É preciso cautela no uso do tipo de remédios “para evitar a resistência antimicrobiana que representa riscos sociais, ambientais e financeiros para empresas e a sociedade”.

     

     

    Poluição


    O relatório recomenda um tratamento aprimorado de águas residuais e uso mais direcionado de antibióticos para travar a ameaça global. Muitas vezes, esses medicamentos são usados sem necessidade.

     

    Outras medidas incluem melhorar os dados e o monitoramento dos remédios antimicrobianos e a forma como eles são descartados, a governação ambiental e os planos de ação para limitar a liberação de antimicrobianos.

     

    Níveis elevados de patógenos resistentes a antibióticos foram encontrados em países de baixa e média rendas. O fenômeno foi associado a áreas com infraestrutura deficiente de águas residuais e de gerenciamento de resíduos, além da fabricação de produtos farmacêuticos.

     

    Eventos climáticos severos e o aumento dos lençóis freáticos podem fazer com que as águas residuais e os esgotos sobrecarreguem as estações de tratamento. O tipo de episódios pode permitir que esgotos com micróbios resistentes a antimicrobianos contaminem as comunidades vizinhas.

     

    O relatório ressalta que mesmo com a diminuição das atividades na pandemia, a crise da Covid-19 é um alerta para que melhore a compreensão e a atuação em todas as áreas de preparação e prevenção de doenças infecciosas, incluindo suas dimensões ambientais.

     

    Fonte: ONU  News

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