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A análise estatística dos dados revelou "um sinal sutil consistente com um período de aceleração exponencial do deslizamento da falha próximo ao epicentro do eventual terremoto, que começou aproximadamente duas horas antes da ruptura", afirma o texto publicado na Science.
Dados de GPS podem ajudar a prever terremotos (Imagem: Cigdem Simsek-Picture alliance)
Essas descobertas sugerem que muitos dos grandes terremotos começam com uma fase precursora de deslizamento, o que representa o final de um processo de deslizamento precursor muito mais amplo e mais difícil de se medir, afirmam os autores.
Falta de instrumentos da vigilância
Apesar de o estudo sugerir provas da existência de um sinal precursor, a equipe afirma que os instrumentos atuais de vigilância sísmica carecem da cobertura e precisão necessárias para identificar ou vigiar o deslizamento precursor.
Um artigo que acompanha a pesquisa indica que, apesar de os resultados sugerirem que "pode haver uma fase precursora de horas de duração, não está claro se essas acelerações dos deslizamentos lentos estariam claramente associadas aos grandes terremotos, ou se poderiam ser medidas em eventos individuais com a precisão necessária para proporcionar uma advertência útil".
O autor do artigo, Roland Bürgmann da Universidade da Califórnia, que não participou da pesquisa, acrescenta que se for possível confirmar que a nucleação (fase anterior ao sismo) dos terremotos poderia implicar em uma fase precursora de horas de duração – e se forem desenvolvidos meios de medi-las de maneira confiável – será possível então emitir alertas de terremoto.
Este conteúdo é uma obra originalmente publicada pela agência alemã DW. A opinião exposta pela publicação não reflete ou representa a opinião deste portal ou de seus colaboradores.
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